O agronegócio passou (e ainda passa) por diversas mudanças que direcionaram os processos e atividades produtivas do campo para um caminho de modernização e automatização tecnológica. A inovação no agro tomou forma a partir de, por exemplo, sensores, aplicativos e softwares, agricultura vertical, drones, maquinários autônomos, Inteligência Artificial (IA) e Internet das Coisas (IOT). Apesar da maior eficácia, eficiência e produtividade, bem como as vantagens competitivas adquiridas com esses recursos, ainda existem diversos desafios para realizar a inserção de uma forma plena e abrangente para produtores de médio e pequeno porte.
Revolucionando o agronegócio: drones alçam voos como agentes de mudança entre as tendências tecnológicas agrícolas. Foto por: Wenderson Araújo/Trilux/Sistema CNA/SENAR
Um bom exemplo de uso desse tipo de recurso está na utilização de sensores que, conectados a computadores remotos, fornecem dados a respeito de clima, solo, desempenho de máquinas e outros aspectos de produção que devem estar ao alcance do produtor. A partir disso, o gestor rural é capaz de realizar a tomada de decisão baseada em fatos concretos e objetivos. Isso impacta positivamente a produtividade, os gastos, o lucro, a estratégia do negócio, a credibilidade com os consumidores e o valor da produção para os clientes.
Entretanto, a aquisição de tecnologias digitais e o aprendizado de técnicas e processos modernos são tarefas complexas, pois além de requerer tempo, demanda gastos massivos para os produtores. Esses fatores têm se mostrado grandes barreiras para que médios e pequenos produtores adotem essas ferramentas e técnicas. Outro fator-chave que acaba por ser um grande dificultador é o fluxo de informações em direção ao campo, que ocorre de forma incompleta e ineficiente em grande parte das vezes. Dessa forma, conhecer o perfil, as necessidades e os anseios desse público é fundamental para que se produza e transmita conhecimento acessível e útil para médios e pequenos produtores. A partir disso, estes poderão transformar o conhecimento recebido em estratégias que sejam mais adequadas às suas respectivas realidades.
A existência de instituições que produzam conhecimento aplicado capaz de atingir todos os atores envolvidos no ecossistema do agronegócio também é extremamente essencial para que esses mercados sigam se desenvolvendo de forma a contemplar todos envolvidos. Somente assim será possível construir alternativas e projetos que viabilizem a inserção das diversas tecnologias do agronegócio de forma efetiva, atuando na realidade de todos os produtores.
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