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  • Foto do escritorThacyo Morais

Drones na cafeicultura: inovação que vem do alto para a sua xícara

Em 07 de junho tive a oportunidade de visitar a Expocafé, em Três Pontas, e assistir a uma palestra do doutor Adão Santos, professor da UFLA, sobre o uso de drones na cafeicultura. A fala foi tão bacana que resolvi compartilhar um pouco do que aprendi neste momento com vocês aqui no blog do AGRITECH UFLA.


Há cerca de 6000 drones registrados para uso na agricultura no Brasil, de acordo com os dados apresentados pelo professor. A Embrapa, em 2016, estimou que o tamanho da área dedicada ao cultivo agrícola no Brasil era de cerca de 66 milhões de hectares em 2016. Fazendo a relação entre as duas grandezas, um drone apenas para cobrir uma área plantada do tamanho aproximado de 11.000 campos de futebol. Isso mostra que há espaço para que o mercado cresça, o que pode baratear os custos de aplicação e otimizar as operações das máquinas.


Segundo o professor, além de  possibilitar a captura de imagens e de dados das plantações com sensores, é possível utilizar drones com dispensadores para realizar a aplicação de fungicidas, inseticidas, foliares, bioinsumos, semeadura, herbicidas e até produtos sólidos. Para mim, muitas das aplicações soaram revolucionárias, pois eu acreditava que os drones com dispensadores poderiam ser utilizados apenas para aplicação de defensivos agrícolas. Estas diferentes formas de utilização mostram o quão versáteis e úteis estas aeronaves não tripuladas podem ser no dia-a-dia do agricultor.


Para o cultivo de café, especificamente, alguns desafios para a utilização dos drones foram citados. A morfologia do cafeeiro, os diferentes tipos de cultura, as similaridades entre deficiências, efeitos de estresse e consequências das pragas e o sentido e altura de voo afetam, em certa medida, a operacionalização destes equipamentos para a produção de café.


Percebi, ao assistir a palestra, que os drones podem ajudar a cafeicultura a enfrentar desafios pertinentes e tornar a atividade mais rentável e sustentável. O custo de investimento na aquisição destas máquinas é considerável neste momento, mas a tendência de queda de preços pode fazer com que vejamos mais destas aeronaves voando pelos cafezais brasileiros no futuro. Também, novos modelos de negócios baseados em drones, como plataformas que conectam pilotos a produtores, devem fazer com que esta tecnologia se torne cada vez mais acessível a pequenos e médios produtores rurais brasileiros.


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Os conteúdos dos textos publicados neste blog refletem exclusivamente a opinião dos autores e não representam, necessariamente, as opiniões do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (AGRITECH UFLA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ou das agências de fomento que financiam as pesquisas do AGRITECH UFLA.

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