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O CRESCIMENTO DOS BIOINSUMOS NO BRASIL: UM CAMINHO PARA A AGRICULTURA SUSTENTÁVEL

Foto do escritor: Raiany Cristina de PaulaRaiany Cristina de Paula

O setor agrícola brasileiro está passando por uma revolução, e os bioinsumos estão no centro dessas transformações. À medida que práticas mais sustentáveis ​​ganham força e a demanda por produtos que respeitem o meio ambiente cresce, o mercado de bioinsumos também se expande em ritmo acelerado. De acordo com o site Canal Rural, o mercado global de bioinsumos deve crescer entre 13% e 14% até 2032, criando uma oportunidade não apenas de inovação, mas de maior competitividade e rentabilidade a longo prazo para os produtores.

 

Mas o que são, afinal, os bioinsumos? 


Os bioinsumos são produtos, processos ou tecnologias que vêm de plantas, animais ou microrganismos e que auxiliam diretamente na produção agrícola, melhorando o crescimento de plantas e animais e fortalecendo sua resistência a pragas e doenças, além de contribuírem de forma positiva para o equilíbrio do ambiente. Eles oferecem uma abordagem mais natural para o manejo agrícola, complementando ou substituindo parcialmente os agroquímicos tradicionais.


No Brasil, os bioinsumos já são amplamente utilizados em grandes culturas como soja, milho e cana-de-açúcar, sendo o estado do Mato Grosso o maior consumidor desses produtos. Para os produtores dessas culturas, o uso de bioinsumos não só melhora a qualidade das colheitas, como também facilita o manejo integrado, ajudando no controle de pragas que estão se tornando cada vez mais resistentes.

 

A principal vantagem dos bioinsumos para o produtor rural é a combinação de alta produtividade com a redução dos impactos ambientais. Com políticas públicas e o mercado favorecendo práticas agrícolas sustentáveis, o uso desses insumos pode, além de garantir resultados agronômicos, abrir portas para linhas de crédito mais sustentáveis, como as oferecidas pelo Plano Safra, que prioriza a concessão de juros reduzidos para quem adota práticas de baixo impacto ambiental. Em termos de investimentos, o Brasil já destinou cerca de R$ 81 milhões em P&D no setor de produtos agrícolas, demonstrando o compromisso das instituições de pesquisa e das empresas em promover o avanço desse novo mercado. No entanto, os desafios são muitos, desde as mudanças climáticas até a necessidade de regularização. Outro obstáculo importante é a capacitação dos produtores, já que a adoção de bioinsumos exige conhecimento técnico específico. Para que essas tecnologias sejam inovadoras de forma eficaz, é essencial que os agricultores recebam suporte adequado por meio de programas de extensão rural e treinamento.

 

O futuro dos bioinsumos no Brasil é promissor. Com o mercado em expansão, o agronegócio brasileiro tem chance de se destacar globalmente em práticas agrícolas sustentáveis. A tendência é que, nos próximos anos, os bioinsumos deixem de ser apenas uma alternativa e se tornem o padrão em muitas culturas. Produtores que investem em bioinsumos hoje estão construindo uma produção mais eficiente, além de um agronegócio mais resiliente e sustentável. Esse mercado está pronto para continuar crescendo, trazendo benefícios econômicos e ambientais para toda a cadeia produtiva.


REFERÊNCIAS:


Canal Rural. Bioinsumos: mercado no Brasil cresce 15% na safra 2023/24. Disponível em: https://www.canalrural.com.br/agricultura/bioinsumos-mercado-no-brasil-cresce-15-na-safra-2023-24/.BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.


Conceitos - Programa Bioinsumos. Disponível em: https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/inovacao/bioinsumos/o-programa/conceitos.CropLife Brasil. Indústria de bioinsumos agrícolas forneceu R$ 2,3 bilhões em crédito em 2022. Disponivel em: https://croplifebrasil.org/noticias/industria-de-bioinsumos-agricolas-forneceu-r-23-bilhoes-em-credito-em-2022/#:~:text=Os%20investimentos%20em%20Pesquisa%20e,total%20das%20empresas%20do%20setor. Agrivalle. Os desafios da adoção dos bioinsumos. Disponível em: https://agrivalle.com.br/adocao-dos-bioinsumos/.

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Os conteúdos dos textos publicados neste blog refletem exclusivamente a opinião dos autores e não representam, necessariamente, as opiniões do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (AGRITECH UFLA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ou das agências de fomento que financiam as pesquisas do AGRITECH UFLA.

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