Já imaginou se uma plataforma com inteligência artificial pudesse identificar a xícara de café mais saborosa, sem que um humano tivesse que tomar um gole?
Com o aumento do consumo de café no mundo e a indústria expandindo seus horizontes, os consumidores estão cada vez mais exigentes e entendem que o sabor é a variável de qualidade mais importante da bebida. Com isso, esse consumidor é o maior impulsionador e diferenciador de valor na cafeicultura.
Dessa forma, gerar tecnologias capazes de compreender o sabor é um conceito muito atraente. E é exatamente isso que a Demetria está buscando oferecer. “Chamamos isso de Wine-ification of coffee”, disse Felipe Ayerbe, presidente e cofundador da empresa. A startup, que tem escritórios na Colômbia e Israel, afirma oferecer a primeira nuvem de dados do mundo para identificar e rastrear a qualidade do café.
Por meio de um sensor de infravermelho, é analisada a “impressão digital” de um grão de café verde (ainda não torrado) para marcadores bioquímicos associados ao sabor. Essa impressão digital é combinada conforme o perfil de cada grão de acordo com a roda de sabores do café desenvolvida pela SCAA (Associação Americana de Cafés Especiais).
Através de um aplicativo no celular, o produtor e a indústria poderão entender melhor o que estão produzindo, comprando e comercializando. Como disse Ayerbe, “uma vez que você pode medi-lo, você pode gerenciá-lo”.
Diante deste e de outros avanços tecnológicos na cafeicultura, podemos notar o quanto empresas e pessoas estão se mobilizando para otimizar a cadeia produtiva da segunda bebida mais consumida no mundo. Tais inovações, geram dúvidas de como irão interferir no atual modelo de trabalho dos diferentes atores desta cadeia, principalmente no maior produtor do mundo que é o Brasil.
REFERÊNCIAS
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