No último dia 7 de fevereiro, o Governo Federal anunciou a suspensão das contratações de crédito rural para o ano agrícola 2021/2022, que teve início em 1 de julho do ano passado e se encerrará em 30 de junho deste ano. O BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Social), instituição responsável pelas contratações do crédito rural subsidiado, já vinha suspendendo essas contratações em várias linhas de crédito rural devido ao esgotamento dos recursos provenientes do Tesouro Nacional.
Tal escassez se justifica por dois motivos principais: a elevação e tendência de alta da taxa básica de juros e o aumento da demanda por este tipo de recurso financeiro. Com as recorrentes altas da taxa SELIC (atualmente em 10,75% ano) se torna muito oneroso ao Tesouro Nacional a subvenção das contratações de crédito subsidiadas.
O Ministério da Economia divulgou que os recursos disponíveis no orçamento deste ano se mostraram insuficientes tendo em vista as recentes elevações da taxa SELIC. No que tange à elevação da demanda pelo crédito rural, foram contratados R$160 bilhões de crédito agrícola subsidiado, entre os meses de julho a dezembro de 2022, o que representa uma alta na demanda de 30% na comparação anual.
Há analistas que afirmam que a escassez dos recursos destinados ao crédito rural se deve à má gestão da política agrícola do país. O fato é que a suspensão deste crédito deixa os produtores rurais em uma situação difícil, pois apesar do esgotamento dos recursos o período da safra ainda não acabou. Os produtores, em sua maioria endividados por conta da estiagem, terão que buscar outras fontes de financiamento, todas com custos maiores.
Em síntese, a conta é simples e dolorosa para o produtor. Sem crédito rural subsidiado, o custo de financiamento será maior, implicando em maiores custos de produção e na consequente redução da renda do produtor.
REFERÊNCIAS
https://www.canalrural.com.br/noticias/economia/governo-suspende-contratacoes-de-credito-rural-subsidiado/
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