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  • Foto do escritorDaniel Leite Mesquita

Tendências, Desafios e Oportunidades em pesquisas para a digitalização do agronegócio no Brasil

A digitalização do agronegócio é apontada como uma tendência tanto em pesquisas quanto em geração de negócios pelos próximos 35 anos. Dessa forma, os avanços em biotecnologia e computação, são apontados como nova fronteira tecnológica para garantir o aumento da oferta e a sustentabilidade na produção e comercialização de alimentos1. 

Diante desse cenário, cabe o estímulo a investigações cientificas que norteiem perspectivas para adoção e disseminação da agricultura digital pelo mundo. A pesquisadora Julie Ingram, publicou em conjunto com diversos pesquisadores, um estudo que buscou direcionar políticas públicas para favorecer a digitalização do agronegócio no Reino Unido2. Este estudo foi construído em participação direta com produtores, acadêmicos, entidades governamentais e empresariais, que forneceram um conjunto de temas relevantes para pesquisa em digitalização do agronegócio2. 


Dentre os temas encontrados neste estudo, destacamos: o estudo da governança e gestão de dados no agronegócio, a capacitação para uso e o grau de aceitação das tecnologias digitais, os benefícios da digitalização do agronegócio e sua influência no desempenho empresarial, os impactos da tecnologia digital no agronegócio e, por fim, a necessidade de construir arranjos colaborativos para implementar tecnologias digitais no campo2. Entendemos que cada um destes temas abre oportunidades não apenas de pesquisas, mas devem ser parâmetros para avaliação e construção de modelos de negócio sustentáveis na agricultura contemporânea.


Pesquisas semelhantes podem e devem ser elaboradas no Brasil, considerando o nível de complexidade tecnológica e os diferentes contextos sociais em que serão inseridas essas tecnologias. Assim, este campo de estudo pode melhorar a compreensão acerca da implementação da agricultura digital no país3. 


Com esta iniciativa, será possível criar e antecipar cenários para que a agricultura digital seja inserida no Brasil de uma forma sustentável e não excludente. Os temas aqui apontados, podem ser um bom ponto de partida, mas necessitam ser construídos com diversos atores do setor e pensados coletivamente de acordo com a realidade da agricultura brasileira.

 

 

REFERÊNCIAS

1BETZ, Ulrich AK et al. Surveying the future of science, technology, and business– A 35-year perspective. Technological Forecasting and Social Change, v. 144, p. 137-147, 2019.

2INGRAM, Julie et al. What are the priority research questions for digital agriculture? Land Use Policy, v. 114, p. 105962, 2022.

3BOLFE, et al. Precision and Digital Agriculture: Adoption of Technologies and Perception of Brazilian Farmers. Agriculture, v. 10, n. 12, p. 653. 2020.

 

 

 

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Os conteúdos dos textos publicados neste blog refletem exclusivamente a opinião dos autores e não representam, necessariamente, as opiniões do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (AGRITECH UFLA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ou das agências de fomento que financiam as pesquisas do AGRITECH UFLA.

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