top of page

Conheça os principais tipos de vinho e descubra o seu preferido

  • Foto do escritor: Deila Pereira Pinto
    Deila Pereira Pinto
  • 29 de set.
  • 5 min de leitura

O vinho é uma das bebidas alcoólicas mais antigas do mundo e, até hoje, encanta apreciadores com sua diversidade de estilos, cores, sabores e aromas. Conhecer os diferentes tipos de vinho ajuda na hora de escolher e permite valorizar ainda mais suas características únicas. Neste texto, você vai descobrir como os vinhos são classificados e entender o que está por trás dos rótulos.


Vinhos por Cor: Tinto, Branco ou Rosé

A legislação brasileira exige que o tipo de vinho (tinto, branco ou rosé) esteja identificado no rótulo, facilitando a escolha do consumidor. Essa classificação se baseia principalmente no tempo de contato entre o mosto (suco da uva) e as cascas durante a produção.


  • Vinho Tinto - É o mais consumido no Brasil e elaborado com uvas escuras (ou tintas). Durante o preparo, o mosto permanece por um tempo significativo em contato com as cascas, o que confere ao vinho sua coloração intensa e estrutura. O sabor e o estilo podem variar bastante, de acordo com a variedade de uva, a região produtora e o método de vinificação.

  • Principais uvas tintas: Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Pinot Noir, Malbec e Carménère.

  • Vinho Branco - Nesse caso, as cascas são separadas do mosto logo no início do processo para evitar a passagem de cor. Os vinhos brancos são geralmente produzidos com uvas claras, mas também podem ser feitos com uvas tintas — desde que a casca seja removida imediatamente. São vinhos mais claros, leves e frutados, ideais para serem consumidos gelados. Harmonizam bem com peixes, frutos do mar, saladas e queijos suaves.

  • Principais uvas brancas: Chardonnay e Sauvignon Blanc.

  • Vinho Rosé - Produzido, na maioria das vezes, com uvas tintas, o rosé passa por um curto período de contato com as cascas, apenas o suficiente para adquirir uma coloração rosada. Também pode ser elaborado por meio da mistura entre vinho tinto e branco — prática permitida por lei. A técnica de produção influencia diretamente o estilo e a qualidade, mas raramente essa informação aparece no rótulo. Ao visitar uma vinícola, vale a pena perguntar ao enólogo como o rosé foi elaborado. Refrescante, leve e versátil, é ideal para dias quentes e combina bem com o clima tropical brasileiro. Deve ser servido a cerca de 8 °C.


Vinhos por Teor de Açúcar: Seco, Demi-Sec ou Suave

Outra classificação importante está relacionada à quantidade de açúcar residual no vinho, ou seja, o quanto de açúcar permanece após o processo de fermentação. Em alguns casos, o açúcar pode ser adicionado posteriormente, desde que respeitada a legislação.


  • Vinho Seco: até 4 g de açúcar por litro

  • Vinho Meio Seco (Demi-Sec): entre 4 g e 20 g por litro

  • Vinho Suave: acima de 20 g por litro

Nos vinhos nacionais, essa informação costuma estar no rótulo principal. Já nos importados, aparece geralmente no contrarrótulo. Fique atento na hora da compra!


Classe do Vinho: Estilos e Particularidades

Além da cor e do teor de açúcar, os vinhos também são classificados de acordo com a uva utilizada, o teor alcoólico e o método de produção.


  • Vinho de Mesa: possui entre 8,6% e 14% de álcool e é feito com uvas americanas (Vitis labrusca) ou híbridas. Essas variedades são comuns em colônias e comunidades rurais, resultando em vinhos com sabor marcante de uva. Embora geralmente sejam doces (suaves), há também versões secas.

  • Vinho Fino: também com teor alcoólico entre 8,6% e 14%, é elaborado com uvas da espécie Vitis vinifera — conhecidas como uvas europeias, próprias para vinhos de maior complexidade. A diferença entre o vinho fino e o de mesa está nas uvas utilizadas e nas tradições produtivas. Ambos têm valor cultural e características distintas.

  • Vinho Leve: possui teor alcoólico entre 7% e 8,5%. É resultado de fermentação natural e costuma ser mais delicado, ideal para quem prefere bebidas menos alcoólicas.

  • Vinho Frisante: apresenta leve gaseificação (entre 1,1 e 2 atmosferas de pressão), que pode ser natural ou adicionada. Costuma ser fresco, jovem e agradável ao paladar.

  • Espumante: elaborado por fermentação natural, é caracterizado pelas borbulhas (gás carbônico) formadas nesse processo. Pode ser branco, rosé ou tinto, e produzido pelo método Charmat (tanques de inox) ou Champenoise (refermentação na garrafa).Importante: somente espumantes produzidos na região francesa de Champagne podem usar esse nome.

  • Vinho Gaseificado: possui entre 7% e 14% de álcool, mas, diferentemente do espumante, tem gás adicionado artificialmente. A lei exige que “vinho gaseificado” apareça de forma clara no rótulo principal.

  • Vinho Composto: apresenta teor alcoólico entre 14% e 20% e é feito com adição de extratos de plantas ou substâncias aromáticas, contendo pelo menos 70% de vinho em sua composição.

  • Vinho Licoroso: são vinhos mais doces e alcoólicos (entre 14% e 18%), indicados para aperitivos ou sobremesas. Entre os mais conhecidos estão o Vinho do Porto, o Jerez e os chamados “fortificados”, que têm sua fermentação interrompida com aguardente vínica. Também integram essa categoria os vinhos de colheita tardia (late harvest), os de uvas congeladas (ice wine) e os de uvas passas (vino passito), todos com características únicas, mas em comum a intensidade e o alto teor alcoólico.


As Principais Uvas da Vitivinicultura Mundial

Por trás de cada vinho há uma variedade de uva — também chamada de casta — com identidade própria. A seguir, conheça algumas das mais importantes:


  • Cabernet Sauvignon – Estruturada, de taninos suaves. Vai bem com carnes vermelhas, bacalhau e queijos fortes.

  • Cabernet Franc – Mais leve e aromática, ideal com grelhados e pratos delicados.

  • Tannat – Potente e encorpada. Destaque no Uruguai e no sul do Brasil. Ótima com pratos condimentados e churrascos.

  • Merlot – Elegante e versátil, combina com massas, carnes leves e queijos.

  • Malbec – De origem francesa, tornou-se símbolo da Argentina. Apresenta taninos macios e sabor intenso.

  • Pinot Noir – Uva delicada, exige clima específico. Gera vinhos leves e aromáticos.

  • Riesling Itálico – Popular na Serra Gaúcha, usada em espumantes e vinhos leves.

  • Chardonnay – Uma das mais versáteis, pode ser leve ou encorpada. Presente em vinhos tranquilos e espumantes.

  • Gewurztraminer – Aromática e exótica, harmoniza com comidas condimentadas.

  • Semillón – Utilizada em vinhos secos e doces. Equilibra bem com Sauvignon Blanc.

  • Sauvignon Blanc – Fresca e vibrante, ideal com saladas e queijos de cabra.

  • Barbera – Italiana, de acidez elevada. Vai bem com carnes e molhos intensos.

  • Moscato – Muito aromática, gera vinhos doces e espumantes leves, ótimos com sobremesas e frutas.


Ao conhecer melhor os diferentes tipos de vinho e as uvas que lhes dão origem, você amplia seu repertório e transforma cada taça em uma nova descoberta. Que tal explorar novos rótulos e encontrar o vinho que mais combina com seu paladar?


Referências

Comentários


Os conteúdos dos textos publicados neste blog refletem exclusivamente a opinião dos autores e não representam, necessariamente, as opiniões do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (AGRITECH UFLA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ou das agências de fomento que financiam as pesquisas do AGRITECH UFLA.

Departamento de Administração e Economia

Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal de Lavras

Trevo Rotatório Professor Edmir Sá Santos, s/n • Caixa Postal 3037 • CEP 37203-202 • Lavras/MG 
© 2023 por AGRITECH UFLA

  • Research Gate - Site_edited_edited_edited
  • AGRITECH UFLA
  • Branca Ícone Instagram
  • LinkedIn Clean
bottom of page