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Bioinsumos: Sustentabilidade e Crescimento no Campo

  • Foto do escritor: Andressa Paviani
    Andressa Paviani
  • 26 de mai.
  • 2 min de leitura

Os bioinsumos têm ganhado espaço como uma alternativa sustentável na agricultura, promovendo práticas que substituem insumos químicos convencionais. Desenvolvidos a partir de microrganismos, extratos vegetais e componentes naturais, esses produtos ajudam no manejo de pragas, doenças e na melhoria da fertilidade do solo (1). No Brasil, as culturas que mais utilizam bioinsumos incluem soja, milho, cana-de-açúcar, algodão e citros (2; 3). Essas culturas têm se beneficiado de práticas que aumentam a produtividade e reduzem os impactos ambientais, fortalecendo a sustentabilidade no campo.

O mercado de bioinsumos cresce de forma significativa. Em 2023/2024, movimentou R$ 5 bilhões no Brasil, com um crescimento médio anual de 21% nos últimos três anos, superando em quatro vezes a média mundial (4). O Mato Grosso lidera o uso nacional, com 18% da aplicação de bioinsumos, seguido por Goiás/Distrito Federal (13%), São Paulo (9%), Paraná (8%) e Mato Grosso do Sul (8%) (3; 5). Esse crescimento reflete também a resposta às crises internacionais, como o conflito entre Rússia e Ucrânia, que prejudicou o fornecimento de fertilizantes químicos e incentivou os agricultores a adotarem alternativas mais sustentáveis e acessíveis (6).


Além de seus benefícios econômicos, os bioinsumos desempenham um papel ambiental essencial ao contribuir para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Eles fomentam a biodiversidade, reduzem a dependência de insumos químicos e otimizam o uso de recursos naturais, alinhando-se a metas como Fome Zero (ODS 2), Consumo e Produção Responsáveis (ODS 12) e Vida Terrestre (ODS 15) (7; 8). Em um cenário marcado por mudanças climáticas e crises hídricas, a adoção de bioinsumos contribui para práticas resilientes que preservam os recursos naturais e atendem à crescente demanda global por alimentos produzidos de maneira sustentável (9).


Apesar disso, desafios persistem. Altos custos de produção e adaptação às diversas condições climáticas e de solo do Brasil dificultam a popularização dos bioinsumos, especialmente entre pequenos agricultores. Contudo, iniciativas como o Programa Nacional de Bioinsumos (PNB) e linhas de crédito específicas, como o Inovagro no Plano Safra, têm incentivado investimentos na produção de bioinsumos, incluindo a construção de biofábricas que fortalecem a autonomia dos agricultores (2; 10). Em 2023, o Brasil registrou R$ 1,5 bilhão em investimentos no mercado, mostrando que o setor está em plena expansão (4).


O futuro dos bioinsumos no Brasil é promissor. Com esforços conjuntos entre governo, empresas e agricultores, eles podem se consolidar como uma solução essencial para a agricultura sustentável, contribuindo para uma produção mais eficiente, competitiva e respeitosa ao meio ambiente (11).

 

REFERÊNCIA

  1. CHALFOUN, E. Práticas Sustentáveis com Bioinsumos. 2010.

  2. EMBRAPA. Insumos Biológicos no Brasil. Disponível em: https://www.embrapa.br.

  3. CROPLIFE Brasil. Bioinsumos no Brasil: Panorama Atual. Disponível em: https://croplifebrasil.org.

  4. Estadão. Investimentos no mercado de bioinsumos atingem R$ 1,5 bilhão. Disponível em: https://www.estadao.com.br.

  5. Estadão. Bioinsumos e sua Expansão Regional. Disponível em: https://www.estadao.com.br.

  6. Canal Rural. Impactos das Crises Internacionais na Agricultura. Disponível em: https://www.canalrural.com.br.

  7. VIDAL e DIAS. Bioinsumos e os ODS. 2023.

  8. FICHER, SANTOS e ALMEIDA. Crescimento do Mercado de Bioinsumos. 2023.

  9. OLIVEIRA et al. Impactos dos Bioinsumos na Sustentabilidade. 2023.

  10. RODRIGUES e SCHETTINO. Aplicativo Bioinsumos facilita manejo agrícola. Disponível em: https://www.embrapa.br.

  11. Canal Rural. Bioinsumos: Solução para o Futuro da Agricultura. Disponível em: https://www.canalrural.com.br.

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Os conteúdos dos textos publicados neste blog refletem exclusivamente a opinião dos autores e não representam, necessariamente, as opiniões do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (AGRITECH UFLA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ou das agências de fomento que financiam as pesquisas do AGRITECH UFLA.

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