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Certificações, IGs e Marcas Coletivas: Agritech e UFLA participam de oficina promovida pela Embrapa em busca de impulsionar o desenvolvimento de Distritos Agrotecnológico

  • Foto do escritor: Athila Leandro de Oliveira
    Athila Leandro de Oliveira
  • há 3 dias
  • 3 min de leitura

A jornada para a valorização de produtos e o desenvolvimento socioprodutivo no interior de Minas Gerais alcançou um marco significativo. No início de dezembro/2025, aconteceu em Caconde-SP, um encontro estratégico para consolidar conhecimentos sobre Certificações, Indicações Geográficas (IGs) e Marcas Coletivas junto aos membros do Projeto Semear Digital. Seu objetivo foi mostrar aos presentes como aplicar essas ferramentas, essenciais para a diferenciação de mercado, diretamente nas regiões dos Distritos Agrotecnológicos.

Participaram do evento, representando a Universidade Federal de Lavras, o Agritech UFLA e o DAT Ingaí, os pesquisadores:

• Athila Oliveira (Engenheiro Florestal, pesquisador bolsista de pós-doutorado)

• Fernanda Maciel (Administradora, pesquisadora bolsista de doutorado)

A participação sublinha o compromisso da UFLA e do Agritech UFLA em transferir conhecimento de ponta para as comunidades, buscando organizar a produção e agregar valor aos produtos locais, que são objetivos do Projeto Semear Digital, do qual a UFLA faz parte juntamente com a Embrapa, FAPESP, CPQD, Esalq, IAC, IEA e Inatel.

Contexto da Capacitação: Soluções Digitais para a Valorização de Produtos

O conhecimento adquirido foi fruto de uma oficina de soluções digitais para certificações e IGs, uma importante iniciativa de inclusão socioprodutiva e digital coordenada pela Embrapa Agricultura Digital no âmbito do projeto Semear Digital. O evento reuniu representantes dos dez Distritos Agrotecnológicos (DATs) do projeto no Sindicato Rural de Caconde/SP, município que recebeu o piloto do programa.

A capacitação contou com a presença de especialistas de renome internacional e nacional, incluindo:

Denis Sautier, pesquisador emérito da agência governamental francesa Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (Cirad).

Jorge Tonietto, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho e coordenador do processo da primeira indicação geográfica reconhecida no Brasil (Vale dos Vinhedos).

Hulda Giesbrecht, Coordenadora de Tecnologias Portadoras de Futuro do Sebrae Nacional.

Denis Sautier, pesquisador emérito da agência governamental francesa Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (Cirad) palestrando na oficina
Denis Sautier, pesquisador emérito da agência governamental francesa Centro de Cooperação Internacional em Pesquisa Agrícola para o Desenvolvimento (Cirad) palestrando na oficina

Lições Chave para o Futuro de Ingaí e Região

As discussões reforçaram que IGs, certificações e marcas coletivas são de extrema importância para os produtos dentro das cadeias produtivas, como destacou Afonso Queiroz, agricultor do DAT de Breves/PA. O pesquisador Denis Sautier enfatizou o rigor necessário para o reconhecimento, resumindo o processo em quatro pilares: “Tudo deve estar escrito, tudo o que está escrito tem de ser feito, tudo o que se faz deve estar controlado e a tipicidade tem de ser explicada.”

Um dos pontos de maior impacto para os participantes foi a ênfase na organização social como o desafio primordial. Sautier explicou que “Não há IG sem um vínculo com o lugar e sem um projeto coletivo,” pois a identificação geográfica decorre de um “saber-fazer partilhado.”

O evento também destacou o papel fundamental das soluções digitais (como sistemas de informações geográficas, imagens de satélites e bases de dados) no suporte às diversas etapas do processo de valorização, da pré-produção à pós-produção. Fernanda Maciel, pesquisadora na área de certificação destacou: “participar desta oficina reforçou, para mim, a dimensão transformadora que certificações, indicações geográficas e marcas coletivas podem assumir quando conectadas ao conhecimento local e ao trabalho coletivo. Saímos de Caconde com a certeza de que Ingaí possui não apenas produtos diferenciados, mas também histórias, práticas e vínculos territoriais que merecem ser reconhecidos e fortalecidos”.

Com o conhecimento consolidado, a equipe AgritechUFLA e os representantes do DAT de Ingaí estão agora mais preparados para iniciar o processo de organização e implementação, transformando o saber-fazer local em valor reconhecido e impulsionando o desenvolvimento sustentável e a diferenciação de mercado para os produtos da região. A meta é clara: utilizar as IGs, certificações ou marcas coletivas como estratégias de desenvolvimento para Ingaí e Minas Gerais.

 

O texto reproduz falar dos participantes com base na notícia: ESPECIALISTAS da Embrapa, Sebrae e Ciradministram oficina sobre Indicação Geográfica a agricultores. Semear Digital, dez. 2025. Disponível em: https://www.semear-digital.cnptia.embrapa.br/noticia/12/2025/especialistas-da-embrapa-sebrae-e-cirad-ministram-oficina-sobre-indicacao-geografica-a-agricultores/.



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Produtor Ademar Pereira representante do DAT de Caconde-SP, membro do sindicato rural local, apresentando uma das associações do município que sediou a oficina e avalia uso de IG

 
















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Os conteúdos dos textos publicados neste blog refletem exclusivamente a opinião dos autores e não representam, necessariamente, as opiniões do Centro de Estudos em Mercado e Tecnologias no Agronegócio da Universidade Federal de Lavras (AGRITECH UFLA), da Universidade Federal de Lavras (UFLA) ou das agências de fomento que financiam as pesquisas do AGRITECH UFLA.

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